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Marina Lima Leal
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UMA ESCOLHA, NO MÍNIMO,
INSENSATA |
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A semana que passou foi marcada por notícias
nada animadoras, mas a que mais despertou controvérsias
foi a indicação, pelo presidente Temer, para
substituir o ministro falecido, Teori Zavascki, no Supremo
Tribunal Federal (STF). A escolha recaiu sobre Alexandre Moraes,
ministro ligado a um partido político (PSDB), aliado do
Presidente e que, na sua tese de doutorado na Universidade de São
Paulo (USP) afirmou que "é vedado (para o cargo de
ministro do STF) o acesso daqueles que estiverem no exercício
ou tiverem exercido cargo de confiança no Poder Executivo".
Em nome da tese que defendeu, deveria ter ele mesmo se excluído
, mas aceita agora, o que antes combatia "como pérfido".
Uma tese não pode servir apenas a um determinado momento.
Não pode ser abandonada, ao sabor de interesses pessoais. |
Os jornais publicam ainda que ele advogou
para uma cooperativa do PCC em São Paulo e defendeu
Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, hoje preso. O
ministro até pode ter notável saber jurídico,
mas convenhamos que possui algumas passagens estranhas em seu
currículo. |
Agora, Alexandre Moraes conversa com os que
irão sabatiná-lo na Comissão do Constituição
e Justiça do Senado, onde o presidente recém
indicado, Edison Lobão e outros nove, estão
acusados na Lava Jato. |
Fico me perguntando se foi para isto que
muitos brasileiros foram para a rua, alguns por interesse próprio,
outros como massa de manobra, sob o argumento de combater a
corrupção e afastar a presidente Dilma? As panelas
que um dia bateram com força, hoje silenciaram.Ao que
tudo indica, os inimigos dos pobres e daqueles que lutam por um
Brasil mais justo, seguem agindo com desembaraço e agora
com a indevida compreensão do público. |
Para onde caminha nosso Brasil? |
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Marina Lima Leal |
Tramandaí, 12 de janeiro de 2017. |
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