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Marina Lima Leal
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A POLÊMICA
LEVANTADA PELOS DADOS DO IDEB |
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O Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (IDEB) é calculado com base no desempenho
dos estudantes em avaliações de Língua
Portuguesa e Matemática e nas taxas de aprovação,
reprovação e evasão escolar. |
Para avaliar o desempenho, os alunos do 5º
e 9º ano do Ensino Fundamental e os alunos da 3ª série
do Ensino Médio, são avaliados a cada dois anos,
através da Prova Brasil. Os dados de aprovação,
reprovação e evasão, são baseados
nas declarações das escolas, através do
Censo Escolar, que elas fornecem anualmente. |
Os dados do IDEB deveriam ser um
instrumento fundamental, para nortear políticas públicas,
de mudança e qualificação do ensino, pelo
menos este foi o principal objetivo do Ministério de
Educação (MEC), ao criar este instrumento. |
Na semana que passou, a mídia se
ocupou fartamente destes dados, seja para mostrar como "nós
gaúchos estamos mal", para buscar os culpados ou
para fazer uma comparação entre as escolas,
divulgando, especialmente, as melhores e as piores. |
O que a mídia não se deteve a
examinar é a relatividade destes testes padronizados que,
conforme já dizíamos em artigo publicado em 5 de
agosto de 2011, no jornal O Timoneiro, não consideram as
diferenças regionais existentes em nosso imenso país
e buscam apenas a quantidade, sem levar em conta a qualidade. |
Dizia também na ocasião, que
nada mais perverso do que classificar, hierarquizar as escolas,
estabelecendo as boas e as ruins, estimulando a competição,
em lugar de desenvolver a solidariedade entre elas. |
Pelo que pude observar, foi exatamente isto
que aconteceu. Alguns jornais divulgaram, com riqueza de
detalhes, as melhores e as piores. A comunidade escolar das
primeiras, com certeza ficou orgulhosa, o mesmo não se
pode dizer das que tiraram as piores notas. Estas últimas,
com certeza, se sentiram humilhadas, diante da exposição
de seus nomes na mídia. |
Com esta constatação, me
pergunto, se o objetivo para o qual o IDEB foi criado, está
sendo alcançado? Parece-me que não. Esta servindo
para outras finalidades, não tão nobres. |
É necessário dizer, mais uma
vez, que a educação deve ser prioridade absoluta,
não só nos discursos e que é preciso que a
escola, através de seus atores - professores, funcionários,
pais e alunos - seja ouvida, por quem tem nas mãos, o
destino da educação em nosso município,
estado e país. Só desta forma, sem colocar as
escolas numa prejudicial competição, acharemos,
com certeza, os caminhos para a melhoria da educação,
desejo não apenas de professores, alunos e pais, mas de
toda a sociedade brasileira. |
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