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Texto publicado aqui em 15/07/2013 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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ONZE DE JULHO, UM MARCO HISTÓRICO
O dia 11 de julho de 2013 será, com certeza, um marco histórico, para gaúchos e brasileiros.
Depois dos protestos de junho e como consequência deles, as centrais sindicais, que desde 1998 lutavam separadamente, se uniram e convocaram o Dia Nacional de Lutas, que se transformou num renascimento para o movimento sindical, que andava bastante acanhado e de outro lado, no despertar dos jovens, que desde o mês de junho vem realizando protestos por todo o país e no dia 11 de julho, se juntaram aos trabalhadores.
Para a geração que era jovem na década de 1960, antes do golpe militar, os protestos e o Dia Nacional de Lutas trouxeram a lembrança de suas lutas, comuns naquela época e que foram encolhendo após o golpe militar de 1964, em decorrência da forte repressão. Para os jovens que saíram às ruas e que na sua maioria, formam a primeira geração pós-ditadura, foi uma novidade e o despertar da consciência da importância da luta, para a obtenção de conquistas necessárias à sociedade.
A medida que, os protestos foram acontecendo e, como consequência do Dia Nacional de Lutas, os sindicalistas chegaram a uma pauta comum, com a defesa de velhas bandeiras, concentradas principalmente, no fim do fator previdenciário, na jornada de 40 horas sem redução de salário e no aprofundamento da reforma agrária.
De outro lado, os protestos de junho também foram apontando sua pauta em torno de melhores serviços públicos para os brasileiros, especialmente mais verbas para a saúde e para uma educação de qualidade, além do fim da corrupção e o repúdio aos atuais partidos políticos, pela constatação da falência do atual sistema político-partidário. Entre as reivindicações estão também a democratização dos meios de comunicação e a taxação das grande fortunas.
Para os governantes, a hora é de negociar, sentar à mesa, ouvir a reivindicações e resolver, o mais rápido possível, as demandas da população.
Para o historiador americano, Marshall Eakin, estudioso das questões do Brasil, o grande desafio para os próximos meses é a mobilização nacional se sobrepor à lentidão estatal.
Parece-nos que o maior entrave às exigências da população está no Legislativo, que nesta semana já sepultou o Plebiscito proposto pela Presidente Dilma, para a reforma política, que não encontra apoio entre a maioria conservadora do Congresso Nacional.
Uma coisa é certa, os governantes levaram um grande susto com as mobilizações e, a partir de agora, sabem que a população estará atenta a seus atos e, se for preciso, voltará às ruas.
 
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