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Marina Lima Leal
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NATAL |
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Nesta época que antecede o Natal,
vimos observando significativas mudanças no comportamento
das pessoas. Até a decoração natalina
perdeu muito de sua atração. |
A reverência ao aniversariante, Jesus
Cristo, há muito que perdeu força para a correria
da modernidade e à ânsia do consumismo, mas
atualmente nota-se outras mudanças importantes. Houve um
tempo em que se tinha o maior prazer de sair à noite, nos
dias que antecediam o Natal, para ver as casas decoradas com
luzinhas, pinheirinhos e presépios nos pátios,
musicas e mensagens natalinas. Havia até concursos para
premiar a casa ou o prédio melhor decorado. Para mim era
a época mais bonita do ano. |
Os conjuntos comerciais e as lojas
continuam montando suas vitrines com motivos de Natal, ainda
mais cedo, mas com o objetivo de atrair consumidores. Todos
querem vender, nesta data, que se tornou a melhor para o comércio.
Porém, raras são as casas ou prédios que
continuam enfeitados como em outros tempos. Até as
prefeituras de diversos municípios, deixaram de enfeitar
suas ruas. Estas cidades, com certeza, ficaram mais tristes. |
As mensagens, que mandávamos e recebíamos
através do Correio, era mais uma tradição
de Natal, que praticamente não existe mais. No mês
de novembro já se saía a procurar os cartões
com as mais lindas mensagens, para se enviar aos amigos e, já
a partir dos primeiros dias de dezembro, eles iam para o
Correio. |
Parece que houve uma perda da memória
afetiva. As gerações mais antigas cultivavam mais
as tradições desta data. Hoje se investe mais na
festa, não como uma celebração em família,
mas como uma troca de presentes, no consumismo, que
historicamente nunca foi uma tradição natalina e
pode ocasionar frustrações para muitas famílias,
que não tem recursos para comprar presentes para seus
filhos. |
É tempo de voltarmos a pensar e
viver o verdadeiro sentido do Natal, dia em que se celebra o
nascimento Daquele que foi o maior presente de Deus para a
humanidade. |
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Marina Lima Leal |
Tramandaí, 18 de dezembro de 2017. |
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