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Texto publicado aqui em 31/01/2017 Retornar textos da autora Retornar textos da autora
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A NOVELA DA MONTADORA FORD
Lembram da novela da FORD, no governo Olívio Dutra? A oposição plantou na mídia a versão de que Olívio havia mandado a FORD embora. Usaram esta inverdade inclusive nas campanhas eleitorais, dizendo que o PT era contra o desenvolvimento. Não se discutia na época, se era positivo ou não ter mais uma montadora no Rio Grande do Sul, uma vez que a GM já havia se instalado em Gravataí, no governo Britto. Será que o Rio Grande precisava de mais uma montadora? Ninguém pensava na vocação agrícola do Rio Grande. A grande polêmica era que a FORD tinha sido mandada embora.
Apesar do governo Olívio, ter dado a sua versão - de que a montadora, com o apoio do governo federal rompeu o contrato, como um gesto político para desgastar o PT - quase ninguém acreditava. Fizeram o Rio Grande crer que Olívio Dutra havia mandado a FORD embora.
Recentemente, na campanha para senador, quando Olívio Dutra era candidato pelo PT e Lasier Martins pelo PDT, este teve a ousadia de repetir que Olívio havia mandado a FORD embora, quando todos já sabiam que a história não era esta.
O que se soube depois é que a Montadora já tinha aproveitado incentivos e isenções e foi embora para um estado que lhe ofereceu mais vantagens, sem dar satisfações. Olívio Dutra foi à Justiça exigir o ressarcimento do dinheiro que o Banrisul havia liberado para a FORD. Os aliados do atual governo foram contra a ação.
Passaram-se 16 anos até que a Justiça mandasse a montadora pagar ao governo gaúcho, 217,9 milhões de indenização, dinheiro este que, por ironia, veio contribuir para que os funcionários do Executivo recebessem nesta semana, uma parcela maior do seu minguado salário, que há muitos meses vem sendo parcelado.
O governo Sartori comemorou a entrada deste recurso, mas ocultou a polêmica da época e o posicionamento contrário de seus aliados contra a ação impetrada por Olívio Dutra.
Embora tardiamente, a História precisa ser resgatada, sob pena de ficar no esquecimento.
Marina Lima Leal
30 de novembro de 2016
 
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