Apesar de todas as dificuldades pelas quais
as mulheres ainda passam, costumo, a cada Dia Internacional da
Mulher, fazer um balanço das últimas conquistas da
mulher brasileira. Isto não significa esquecer das
mulheres do mundo inteiro e dos problemas por que passam,
especialmente em alguns países.
Em dezembro do ano passado, mais uma mulher e desta vez
uma gaúcha, teve, numa das mais longas sabatinas da história
recente do Senado, sua indicação ao Supremo
Tribunal Federal. Trata-se de Rosa Maria Weber, que
anteriormente era ministra do Tribunal Superior do Trabalho e
foi indicada pela presidente Dilma Roussef. Durante a
sabatina realizada pelo Senado, a ministra criticou a lentidão
do Judiciário, manifestou posição favorável
à investigação de juízes pelo
Conselho Nacional de Justiça e disse apoiar, até
mesmo, mudanças no rito de indicação de
ministros ao STF, hoje prerrogativa da Presidência da República.
Rosa é a terceira mulher a ocupar uma vaga no STF.
A primeira foi Ellen Gracie Northfleet, em 2000, é
carioca, mas fez carreira no Rio Grande do Sul; a segunda foi Cármen
Lúcia Antunes Rocha, mineira, indicada em 2006. Mais
recentemente, no mês de fevereiro, a engenheira Maria das
Graças Silva Forster, tomou posse na presidência da
Petrobrás, oitava empresa mais valiosa do mundo. De família
humilde, estudou muito, em escolas públicas, tornou-se
funcionária de carreira da Petrobrás e, agora, a
primeira mulher no mundo a ocupar a presidência de uma
grande petrolífera.
Foram, sem dúvida, duas importantes conquistas, mas
não podemos esquecer das mulheres anônimas, que
hoje batalham, com um salário menor do que o dos homens,
para sustentar seus filhos, muitas vezes sozinhas, numa jornada
desumana de trabalho. Muita luta ainda é necessária
para que todas as mulheres, do Brasil e do mundo tenham uma vida
digna e possam comemorar esta data a elas dedicada. |