AS PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS,
APÓS O CLAMOR DAS RUAS |
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Na tarde da 2ª feira, 24 de junho a presidente
Dilma Rousseff, se reuniu com governadores e prefeitos das capitais para
discutirem um pacto, na tentativa de dar uma resposta aos protestos que
vem ocorrendo no país. |
As cinco propostas para dar mais transparência
ao sistema político e melhorar os serviços públicos
foram aprovadas pelos 27 governadores e 26 prefeitos presentes e passarão
a ser discutidas em grupos de trabalho. |
São cinco os pactos nacionais: por educação,
saúde, reforma política, transporte e responsabilidade
fiscal: |
Educação: a presidente pediu mais
recursos para a área e reforçou que é necessário
que o Congresso aprove a destinação de 100% dos recursos
dos royalties do petróleo para a educação. |
Saúde: anunciou novas vagas na graduação
em cursos de medicina e novas vagas na residência médica,
além da contratação de médicos estrangeiros,
para trabalhar nas zonas do interior do Brasil, onde há ausência
ou escassez destes profissionais. |
Reforma política: realização
de um plebiscito popular sobre o tema e a inclusão da corrupção
como crime hediondo. |
Transporte: a presidente reconheceu que é
preciso melhorar o transporte público, com mais metrôs, veículos
leves sobre trilhos e corredores de ônibus. Aliás, em relação
ao transporte já aconteceram avanços, pois em muitas
capitais as passagens tiveram o preço reduzido ou congelado. |
Responsabilidade Fiscal: é necessário
que, nas três esferas de governo, haja responsabilidade fiscal, ou
seja, controle dos gastos, que devem ser condicionados à
capacidade de arrecadação dos impostos. |
No dia seguinte, terça dia 25 de junho, mais
uma vitória, desta vez na, Câmara de deputados que derrubou
a PEC 37, que limitava o poder de investigação do Ministério
Público, por 430 votos contra a Emenda e apenas 9 a favor. No início
da madrugada, o plenário aprovou a questão dos royalties,
prevendo o uso de 25% para a saúde e 75% para a educação.
A matéria agora ainda tem que passar pelo Senado. |
Na quarta feira, 26 de junho, foi a vez do Senado
responder aos protestos, transformando a corrupção em
crime hediondo. O projeto estava tramitando desde 2011. Agora vai para a
apreciação da Câmara de Deputados. |
Como se percebe, os protestos começam a dar
resultados. O povo se deu conta de que é necessário algo
mais do que votar em determinados candidatos. É preciso
acompanhar o trabalho dos eleitos e usar o protesto como recurso, no
caso de suas reivindicações não serem atendidas,
pois são muitos os interesses em jogo e a tendência é
de quem tem mais poder conseguir suas demandas em prejuízo dos
pleitos da maioria do povo. |