Marina Lima Leal |
Texto publicado no sítio da ACE em 16/10/2012 |
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A PRESENÇA DA
MULHER NA CÂMARA DE VEREADORES DE CANOAS |
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O recente processo eleitoral revelou mais uma vez,
situação que se repete por muitas legislaturas: a população
de Canoas não elegeu nenhuma mulher para a Câmara de
Vereadores, apesar do número de vereadores ter sido ampliado e
existirem candidatas qualificadas, com um trabalho social importante e
pertencentes a diferentes matizes político-ideológicos. A
escolha não seria pois, apenas em função de gênero. |
Nosso município, nestes 73 anos de emancipação
política, elegeu apenas quatro vereadoras. Em contraposição,
Nova Santa Rita, município novo, que se emancipou de Canoas,
elegeu neste ano, uma mulher para Prefeita e já possui vereadoras
eleitas há bastante tempo. Outros municípios vizinhos,
menores como Esteio, há muito registram a presença da
mulher legislando, em sua Câmara Municipal. |
No ano de 2004 escrevi uma crônica onde falo
sobre a ausência da mulher em cargos eletivos de nossa cidade.
Nestes 8 anos pouca coisa mudou. Elegemos uma vice-prefeita, mas a ausência
de mulheres no Legislativo permanece. |
A participação da mulher na política,
no Brasil, tem sido muito tímida, apesar de termos elegido uma
mulher como nossa presidente. |
Pesquisa divulgada pelo jornal ZH na edição
de 13 de outubro pp. aponta que o percentual de prefeitas eleitas no Rio
Grande do Sul é um dos piores do país, representando
apenas 7% , abaixo da média nacional que está em 12%. |
O número de mulheres nas Câmaras de
Vereadores, Assembléias Legislativas, Câmara e Senado
Federais, tem crescido, mas é ainda muito pequeno; está
longe do ideal. |
O sistema de quotas, muitas vezes é usado
apenas como cumprimento da determinação legal, não
havendo preocupação com a qualificação e o
apoio dos partidos às candidaturas femininas. |
Um dado importante é que, no Rio Grande do
Sul, das 35 mulheres eleitas prefeitas de seus municípios, 21 são
professoras. Sairão, portanto, da sala de aula, para os gabinetes
das prefeituras. |
Canoas, como se percebe, não é um
caso isolado, mas pelo fato da população feminina, ser
ligeiramente superior à masculina e pela atuação
qualificada de muitas de nossas mulheres, seria de esperar que diversas
pudessem estar na Câmara, dando sua contribuição nas
decisões importantes para nossa cidade. |
Tramandaí, outubro de 2012. |
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